quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Carta aberta à compulsão alimentar

Amiga, sim, posso chamar-te de amiga, ou será mais adequado chamar-te de encosto? É que não sei se sabes mas eu não me lembro de te ter chamado a viver comigo, tu, com a grande lata que te é característica alapaste-te no meu sofá e não desgrudaste mais. Nem quando contratei aqueles brutamontes para te levarem daqui para fora. Raios gaja que és forte, nem eles conseguiram mover-te.

Compulsão, minha querida, depois de tantos anos, de tantas conversas, tanto ódio, raiva e nojo a nossa relação chegou ao fim. Não, por favor não chores, não esperneies, não peças para voltar. Não, desta vez a nossa relação acabou mesmo. Sabes? Já não sinto afinidade contigo, as nossas conversas são chatas e repetitivas. Para além disso não partilhas nada comigo, alapas-te no sofá,´pés ao alto e é tudo teu...aqui a menina que faça tudo.

Poderia enumerar mil e uma razões para me querer separar de ti, mas basta uma:

Não sou feliz contigo!

E mesmo sabendo que vai ser muito difícil habituar-me a não ter a tua presença, sei que serei muito mais feliz sem ti do que contigo, é só uma questão de tempo.

Por isso, desejo-te sorte lá no teu mundo, bem longe de mim. Mudei tudo. Telefone, morada etc...não há a mínima hipotese de me encontrares.

2 comentários:

  1. Também eu já corri com essa madrasta da minha vida para fora! Essa falsa que nos promete conforto, e que depois nos esfaqueia sempre pelas costas, pelas frentes, por fora e por dentro!

    E sabemos bem o que fazer para ela não nos arrombar a porta e voltar a se instalar! (sabemos? então porque ela volta sempre?! isto não era para escrever mas tem sido a minha realidade...) - é fundamental sermos tolerantes e um pouco permissivas connosco próprias. Grandes restrições acabam sempre em grande asneira!

    Não vou voltar a dizer: não posso comer, mas sim: posso mas não quero, ou quero e vou comer um pouco! Um pouco! e ficar por aí! Que um quadrado de chocolate não sirva para abrir a porta ao descalabro total e seja desculpa para aspirar tudo o que seja comida um raio de muitos quilómetros.

    63 quilos no fim do ano? Hum... acho um bocado muito (pelo menos para mim) mas olha, vou tentar!!

    Beijo para ti M e ...andarei por aqui... de olho em ti ;)

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