domingo, 28 de novembro de 2010

Os dias

Aguentei-me até ontem.
Ontem desregulei-me um pouco, mas nada de muito grave. Ainda assim, não fiquei contente comigo mesma.



Bom fim de semana a todas!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Com tentações mas sem compulsões

Sim, 2 dias sem compulsão alimentar. 2 dias em que atropelei tudo e todos de tão irritada que estava. Eu avisei, eu bem dizia: estou muito irritada, o melhor é não falarem comigo. Como qualquer desintoxicação, esta também afecta o sistema nervoso. Sim, desintoxicação. Ver-me inibida de comer uma série de coisas é doloroso. Podia não me privar de comer algumas coisas. Mas não posso: ainda não estou na fase em que consigo comer só um bocadinho, como tal privo-me delas. Não sei se é a melhor estratégia, mas acredito que se educa o organismo, acredito mesmo. E quem sabe um dia serei daquela pessoas que come só um quadradinho de chocolate?

Começa hoje o 3º dia sem compulsões.

Ginásio nem vê-lo. Continuo com um medo estúpidoe ao mesmo tempo vergonha. Aparecer assim, tipo baleia no ginásio dá-me vergonha.

Hoje vou tentar ir.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Caragoooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo

Tenho de desabafar agora. Não fazem ideia como me estou a controlar para não comer descontroladamente.

Não fui ao ginásio, não tive ninguém para ficar com o meu filho, mas desta vez não fiquei aliviada. Queria mesmo ter ido.

Estou muito, muito irritada. Sei que esta irritação se vai embora se comer. Apetece-me correr tudo à estalada.

E não posso sair de casa.

Só me apetece dizer asneiras bem alto

Alentejo e Nova Iorque: O único

Estou como a Rita G. Este é o ÚNICO que gosto. E gosto MUITO!
Alentejo e Nova Iorque: O único

Do almoço de hoje

Estou feliz. Alimentei-me como uma pessoa "normal".

Cardápio: salada de atum, ovo cozido, alface e tomate. Bem grande a salada confesso.

Chá de menta.

Mas nem tudo são mares de rosas. tenho aqui na minha mala uma embalagem de M&Ms bem gigante...

Prometi ao namorado que iria ao ginásio hoje. Não sei se vou...mas quero muito ir. E quero muito não comer estes chocolates.

Incentivo

Incentivo até ao final do ano

Se me portar bem, ofereço-me uns destes

Decisão errada

Sim, acertaram...decidi-me pelos chocolates.

Mais nada a declarar

Hoje começa mais um dia...mais uma esperança

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Merda para isto

Este blog só foi criado há uns dias. Por necessidade de escrever e falar desta porcaria, destes distúrbios alimentares. Já tenho isto há muitos anos, com umas fases piores que outras. Posso dizer que durante a gravidez não deixei que a compulsão tomasse conta de mim. Mas mal o meu filho nasceu, e não tendo eu leite para amamentar, a 1ª coisa que fiz foi voltar ao mesmo. Porque? Não sei. Só me apetece berrar Não seiiiiiiiiiii!

Bom, mas nos últimos dias tenho lido vários blogues, de pessoas com histórias mais ou menos semelhantes. E digo-vos...Merda para isto! Porque é que se vive assim?

Frango vs chocolates

Não fui ao ginásio, mas não me sinto mal por isso. Tenho uma boa desculpa. A minha mãe não pode ficar com o meu filho durante esse tempo hoje, portanto...Ok, confesso que até fiquei aliviada por não poder ir, assim não me culpo,logo não me sinto mal.

Agora estou num dilema: tenho aqui em casa frango assado. Estou indecisa entre comer o frango ou ir ao supermercado comprar montanhas de chocolates. Um ou outro.

Já sinto os nervos a crescerem nas pernas. Estou a lutar para não ir comprar a montanha de chocolates. Sim, não vale a pena dizerem para comprar só um e pequenino. Vai mais de 1kg só em chocolates.

Há aqui uma voz que me diz que eu sei que vou comprar os chocolates. Há aqui outra que luta terrivelmente para se manter no quentinho da casa e comer o frango.

Bolas, pá!

Comi uma banana e uma fatia de queijo...

...e estou mal disposta. E triste, com uma vontade enorme de chorar. Não, não acho que comi demais, nada disso.

Estou mal disposta e sinto que já dei cabo do meu organismo todo.

Acho que já não consigo ir ao ginásio. Fui-me abaixo.

A minha relação com a comida

Eu, numa confeitaria: olho os bolos todos, os salgados todos. Se estiver sózinha e for para casa, peço o seguinte:

- no minimo 5 bolos
- no minimo 5 salgados

Venho embora com uma energia nas pernas enorme, mas ainda assim a pensar se não deveria ter comprado mais qualquer coisa. "O melhor é passar na mercearia perto de casa e levar umas bolachas, bombocas e pipocas" - penso eu e assim o faço. (os alimentos são variáveis)

Eu, num hipermercado, sózinha, prestes a ir para casa:

- Legumes, coisas saudáveis, blábláblá
- depois lá passo nas bolachas: e vai 1 caixa de sortidos, 2 pacotes de bolachas e 2 chocolates (dos maiores)
- depois lá passo na secção de padaria: 1 torta de qualquer coisa; 1 tarte de qualquer coisa; salame; 1 bolo de aniversário

Eu, num restaurante sózinha: como sempre tudo, e começo pelos bifes maiores

Eu, acompanhada: assobio para o ar e desejo estar sózinha.

Muitas vezes, já em casa, e depois de me ter empanturrado com muita comida, deito fora (num momento de culpa terrivel) o resto da comida que sobrou. Quando já passou o enfartamento, tenho de ir comprar mais coisas para comer.

É assim o meu dia-a-dia



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Para não comer não posso ir para casa

Isto agora vai ser assim: escrita de segundo a segundo.

Para não comer não posso ir para casa. Normalmente é em casa, sózinha que como. Ultimamente tenho comido às escondidas na cama. Ontem à noite fui à cozinha e enfiei carradas de comida dentro do pijama para ninguém ver. Deito-me por volta das 20h30, digo que tenho sono, não janto, enfio-me na cama a comer, a comer e a comer sem ninguém saber. Sempre atenta a passos que possam vir na minha direcção. Sempre com a orelha levantada e com tudo organizadamente escondido caso venha alguém.

Tudo pensado ao pormenor.

Para não comer não posso ir para casa...vou andar por aí!

The Biggest loser dos blogues

Resolvi participar :)

É mais um incentivo. Para mim significa não só perda de peso, mas sobretudo reeducação alimentar, que é por isso que luto diariamente.

Estou aqui vai não vai entre ir à fnac comprar um livro de incentivo. Por um lado apetece-me, mas por outro sinto que já sei tudo que dizem, e portanto não sei se é um gasto desnecessário de dinheiro...

A pensar...

Hoje, 11h18min, ainda não fiz nenhum disparate.  Vou actualizando a coisa

Desabafo

Não sei como vou dar a volta a isto. Estou a desesperar. A minha cabeça diz que a compulsão é um disparate, que não preciso disso. Chega a uma altura do dia, que é variável, e começo a entrar na montanha russa de sentimentos e a comida ganha sempre. E a desculpa de que amanhã já não será assim vence. Desculpa conhecida por mim de cor e salteado, desculpa que sei que é uma grande mentira, mas ainda assim, ganha.

Sei que é preciso força de vontade, sei que é preciso assumir, sei que sózinha não consigo enfrentar isto. Mas teimo em achar que vou conseguir sózinha. É uma luta mais do que diária, é uma luta de minutos, onde se há um dia em que venço,no dia seguinte deito tudo a perder. Já são anos nisto. Um desgaste fisico e psicológico gigante. Começo a pensar que já devo ter um problema grave no estômago, com tantos disparates que tenho. No meio disto tudo vem o medo , um pânico absoluto de estar a desfazer-me, de estar ESTUPIDAMENTE a acabar com a minha vida, de estar a tirar-me saúde e energia.

Sinto que para me tratar disto, não consigo fazer mais nada. Consome-me tanto que sinto que se me focar em tratar esta compulsão, não vou conseguir trabalhar nem cuidar do meu filho, nem brincar com ele, nem dar-lhe mimo, nem rir com ele. Apetece-me fugir, isolar-me e não posso. Tenho a certeza de que se não tivesse um filho estaria bem pior, que já tinha fugido algures por aí, já me teria isolado, já tinha batido em mim mesma, tal é a raiva que de mim tenho quando não me controlo.

Em momentos de lucidez, como agora, considero-me uma pessoa bonita, interessante, inteligente. Em momentos de compulsão, considero-me a pessoa mais estúpida, burra, parva, idiota, que só merece mesmo é este tipo de tratamento, só merece mesmo ser mal tratada. Choro de raiva, de dor, mas sobretudo de raiva de mim. Uma raiva horrivel que nunca senti por ninguém a não ser por mim própria. E apetece-me bater-me, e comer ainda mais e sentir-me ainda pior porque mereço. É uma sensação de merecimento idiota. As pessoas que sabem deste problema não o sabem assim, tão grave. A minha mãe diz que é um disparate, porque não sabe o grau de gravidade, o grau de sentimento de merda que sinto por mim própria. Penso, que se soubesse me tentaria ajudar de uma outra forma. Pelo menos eu, só de imaginar o meu filho a sofrer, sofro em triplicado. Tenho uma amiga que sabe de cor e salteado isto que eu tenho. E sei que posso confidenciar-lhe tudo. Ela é, aliás, a pessoa a quem eu deveria ligar sempre que estou a ter um ataque. Mas para ela me ajudar eu tenho de querer, não é? Tenho de relamente lhe ligar, certo? Então porque não o faço? Será que não quero realmente acabar com esta compulsão? Será que gosto de sofrer? O quê???? Será que há um momento certo em que realmente eu vou querer sair disto e fazer tudo, mas tudo mesmo? Ou será que não? Que esse momento não existe?

Mas eu queria muito. Eu quero tanto. Mas não sei como. Não sei como fazer quando chega aquela hora...

domingo, 21 de novembro de 2010

Que sofrimento

alguém me consegue explicar como consigo eu deixar de ser tão estúpida?

Mas porquê que a merda da compulsão aparece sempre, sinta eu o que sentir? Ataco e devoro comida até ficar mesmo muito mal disposta. E isto faz-me sofrer tanto...

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Foi o delírio

Ontem acabei por comer uma tablete das grandes de cadburrys com avelãs e 1 pacote de 400gr de M&Ms. Não comi mais nada o dia todo. Idiota? Pois...

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

M&Ms

Estou com uma vontade tremendamente louca de comer um pacote de 400gr de m&ms com amendoíns...

No limbo

Sinto-me na corda bamba. No limbo mesmo. Sei que a qualquer altura posso ter um ataque de compulsão. E a coisa dá-se em segundos. A vontade de o fazer dá-se quando menos espero e fica a martelar a minha cabeça, fica aqui até me convencer de que o melhor é comer, comer, comer.

Agora não a sinto, mas não me iludo, sei que vem aí e quando vier a 1ª coisa que farei é escrever aqui. Depois logo se vê.

A tabela

Fiz uma tabela. Fixei-a na cozinha.
Na tabela tem os dias da semana e tudo o que como durante o dia a qualquer hora. A ver se me oriento com o que como...

Hoje, 4ªFeira
Peq.Almoço: sopa de tomate e 1 tangerina
(não vale a pena tentarem entender a parte da sopa de tomate de manhã...nem eu entendo, mas sabe bem)

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Doces

Hoje de manhã, ainda na cama, tirei Às escondidas 3 pacotes Oreo da carteira, e uma tablete inteira de chocolate com avelãs. Comi tudo de uma vez. Estou mal disposta e triste.

Apresentação

Podia ter cuidado com o que digo sobre mim. Podia eu, pelo menos eu, ter algum carinho e não me julgar pelo que faço, pelas asneiras, pela fraqueza, pela força de vontade associada a uma inércia e revolta imensas.
Podia desculpar-me com "quem as vive sabe do que falo". A verdade é que muitos conseguem e outros, como eu, conseguem pouco ou nada.

Já sei a história de cor, conheço os passos, a parte psicológica, os porquês e os não porquês.

No meio disto tudo não consigo. Continuo a maltratar-me, como se não fosse digna de ser feliz, ou de viver simplesmente.

Este espaço não é de lamúrias nem de piedades. É sobre a verdade. A verdade de mim para mim, que tanto escondo à maioria. Sou uma drogada e ponto final. Vivo da compulsão da comida, como uma droga. Tremo, suo, sempre que tenho o que quero nas mãos e preciso consumir (leia-se comida). Minto e isolo-me só para consumir (leia-se comida).

Sim, a comida pode ser uma droga, com efeitos negativos a nivel fisico, psicológico e social. Mas a comida é legal. Só a forma como eu a ingiro é que não.

Como sair disto? Não faço ideia. Consigo imaginar um dia ou dois, consigo não ter compulsão durante, talvez 4 dias, mas mais do que isso não consigo. Porquê se sei todos os passos? Não faço ideia. Já debati demasiada psicologia e falta-me chegar ao ponto em que percebo o click. Esse ainda não chegou.

Aqui revelarei a mim própria a minha verdade e as minhas mentiras.

1º passo: Não sentir culpa!