terça-feira, 16 de novembro de 2010

Apresentação

Podia ter cuidado com o que digo sobre mim. Podia eu, pelo menos eu, ter algum carinho e não me julgar pelo que faço, pelas asneiras, pela fraqueza, pela força de vontade associada a uma inércia e revolta imensas.
Podia desculpar-me com "quem as vive sabe do que falo". A verdade é que muitos conseguem e outros, como eu, conseguem pouco ou nada.

Já sei a história de cor, conheço os passos, a parte psicológica, os porquês e os não porquês.

No meio disto tudo não consigo. Continuo a maltratar-me, como se não fosse digna de ser feliz, ou de viver simplesmente.

Este espaço não é de lamúrias nem de piedades. É sobre a verdade. A verdade de mim para mim, que tanto escondo à maioria. Sou uma drogada e ponto final. Vivo da compulsão da comida, como uma droga. Tremo, suo, sempre que tenho o que quero nas mãos e preciso consumir (leia-se comida). Minto e isolo-me só para consumir (leia-se comida).

Sim, a comida pode ser uma droga, com efeitos negativos a nivel fisico, psicológico e social. Mas a comida é legal. Só a forma como eu a ingiro é que não.

Como sair disto? Não faço ideia. Consigo imaginar um dia ou dois, consigo não ter compulsão durante, talvez 4 dias, mas mais do que isso não consigo. Porquê se sei todos os passos? Não faço ideia. Já debati demasiada psicologia e falta-me chegar ao ponto em que percebo o click. Esse ainda não chegou.

Aqui revelarei a mim própria a minha verdade e as minhas mentiras.

1º passo: Não sentir culpa!

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